PAVILHÃO BRASIL EXPO 2020

A construção de um pavilhão de exposições representa aceitarmos que estamos a criar um espaço de passagem, o qual se fixa mais como imagem do que como lugar. Assim, este referencial imagético, própria da cultura atual, pode ser aproveitado como um processo de crítica para futuras discussões sobre o nosso papel como arquitetos nesta mesma sociedade. Assim, nosso objetivo é que a imagem, a experiência sensorial do espaço e a exposição atuem de forma conjunta para então se transformar em memória para o expectador.

Como representar através da arquitetura a diversidade brasileira se torna a principal questão a ser respondida. Nosso conceito responde esta questão recuperando e elegendo um elemento construtivo como base conceitual. Assim, partimos de um cobogó feito em concreto com as medidas de 62,5 x 62,5 cm. Este elemento será construído no Brasil e disposto em praças de diversas cidades brasileiras durante 01 semana. A população será estimulada a participar da caracterização de cada cobogó. Pinturas, escritas, rabiscos, croquis poderão ser desenhados nas peças. Então as mesmas serão mapeadas e aplicadas no edifício. Os cobogós receberão um QR-Code (Quick Response Code) e qualquer visitante poderá acessar as informações contidas na peça através do celular. Desta forma, buscamos conectar o mundo com as pessoas que participaram da confecção de cada cobogó inserindo o pavilhão dentro do contexto da Expo 2020 “Conectando mentes, Criando o futuro”. Queremos que todo o Brasil participe do pavilhão como uma grande nação, diversa e unificada através de um elemento característico de nossa arquitetura. Buscamos assim, também, introduzir o usuário, a pessoa “comum” na produção da arquitetura. Um sentido coletivo como nas obras de Hélio Oiticica, o pavilhão não será exposto mas feito, produzido, seu lugar no tempo é aberto.