Distopia urbana

Curitiba não escapa da bolha social, midiática e cultural que compõem o status atual de generalizar-se. Labirinto de memórias apresenta através de 600 esferas de acrílico imagens de Curitiba. Externamente, apresentamos a cidade ideal em uma alusão à “fachada” e ao superficial. Internamente, a cidade real com todos os seus defeitos e qualidades. Nas duas faces vazios aludem a ausência.

A instalação permite que o expectador circule ao seu redor e internamente e assim descubra componha seu próprio imaginário. Contudo busca a crítica pois, a arte necessita cambiar entre política e experiência.

Sua disposição vertical alude a um edifício, com janelas, casulos, como uma crítica à individualidade, afinal, o questionamento ao sujeito universal moderno gerou como produto o reforço ao individualismo como recurso de afirmação de valores sociais.

A obra deixa livre a interpretação, contudo possui na clareza de suas ações contrapor o atual processo de desestetização da arte e estetização do mundo. A diversidade de imagens estimula a criação de um significado para cada pessoa e reflete sobre os estereótipos da cidade. Propõem um imaginário sobre os retalhos da vida urbana.